Paulo Roberto Falcão, 61, é natural de Aberlardo Luz (SC).

Ganhou fama mundial como um dos maiores jogadores de todos os tempos, por sua técnica e elegância no trato com a bola.

Estreou como jogador profissional nos anos 70, pelo Sport Club Internacional (RS). No Colorado gaúcho, foi pentacampeão estadual e tri brasileiro.

Transferiu-se para a Associazione Sportiva Roma (ITA) em 1980, em negociação que abriu as portas do velho mundo para jogadores brasileiros. Pela equipe italiana, faturou duas Copas da Itália e um Campeonato Italiano. Também se sagrou vice-campeão da Liga dos Campeões.

Graças ao brilhantismo de suas atuações e pelo título nacional conquistado para a equipe giallorossa depois de um jejum de 40 anos, ganhou a alcunha de “Rei de Roma”, pela qual é tratado até hoje tanto no Brasil quanto na Itália.

De volta às Américas em meados da década de 80, foi contratado pelo São Paulo Futebol Clube. No Morumbi, ganhou um Paulistão.

Defendeu a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986.

Em pouco mais de 550 jogos como atleta profissional, marcou 112 gols.

Individualmente, ganhou diversos prêmios relevantes ao longo da carreira. Destaque para duas Bolas de Ouro da Revista Placar; três Bolas de Prata; Craque do Campeonato Brasileiro (1975 e 1979); Bola de Prata da Copa do Mundo Fifa/Segundo Melhor Jogador do Torneio (Espanha, 1982) e 3º Melhor Jogador do Mundo eleito pela revista World Soccer (1982/1983).

Os leitores da publicação inglesa, aliás, também o escolheram um dos 100 craques do século XX em eleição promovida em 1999.

Em 2012, foi a única unanimidade da eleição do Hall da Fama do Roma com os melhores jogadores que já haviam defendido a equipe até 2010.

Aposentado dos gramados, estreou como treinador no comando da Seleção Brasileira após o fiasco da equipe canarinho na Copa da Itália, em 1990. Foi vice-campeão da Copa América de 91. Revelou jogadores importantes para a história do time – alguns dos quais campeões do mundo em 1994, nos Estados Unidos. São os casos de Cafu, Mauro Silva, Márcio Santos e Leonardo, entre outros.

Também dirigiu as equipes do América (MEX), Internacional, Seleção Japonesa e Esporte Clube Bahia (BA). Pelo time mexicano, conquistou a Copa Interamericana e a Copa dos Campeões da Concacaf. No Internacional, venceu o Gauchão de 2011 na casa do arquirrival Grêmio. Já no Bahia, faturou o campeonato estadual de 2012 após um jejum de dez anos da equipe nordestina.

Fora de campo, notabilizou-se como comentarista da Rede Globo de televisão, pela qual cobriu quatro Copas do Mundo, entre 1998 e 2010. Ainda como comunicador, passou pela extinta TV Manchete, pela qual cobriu a Copa de 1990, pelo canal italiano RAI, jornal Zero Hora e Rádio Gaúcha – estes dois últimos, no Rio Grande do Sul. Em 2014, durante a Copa no Brasil, foi âncora de dois programas no canal de tevê FOX Sports, no Rio de Janeiro (RJ).

Falcão também escreveu quatro livros sobre futebol: “Il Manuale del Calcio” (Newton Compton Editori, Roma; 1985), “Histórias da Bola” (L± 1996), “O Time que Nunca Perdeu” (AGE; 2009) e “Brasil 82 – O Time que Perdeu a Copa e Conquistou o Mundo” (AGE; 2012).