Antes de qualquer análise mais detalhada, acredito que possamos considerar que o jogo cumpriu com as expectativas criadas. Partida esta que vinha se desenhando, planejando, comentaristas e pessoas do meio esporte comentando sobre o que poderia vir a ocorrer, desde o momento que o Flamengo ergueu a taça de campeão da Libertadores em Lima, no mês de Novembro. Desde aquele momento já se imaginava o que poderia vir a acontecer, com receio em certos momentos, pelo incrível ano que a equipe da Inglaterra fez esse ano, mas tinha-se uma expectativa de um grande jogo e uma possibilidade de conquistar o Bi Mundial por parte da equipe brasileira.
Depois de tanta espera, chegou o dia, 21/12/2019, no momento que saíram as escalações oficiais, confirmando as duas equipes quase completas, criou-se ainda mais expectativas em ver grandes nomes como Virgil van Dijk em campo, por exemplo.
E no momento que a bola rolou, pudemos perceber grande superioridade por parte do Liverpool nos primeiros minutos de jogo. Com menos de 40 segundos de jogo, após uma bola longa, Firmino desperdiçou uma chance clara de gol, finalizando por cima. Na sequência, aos 4 minutos, Keita também desperdiçou grande chance. O início de jogo ficou por isso, as duas equipes realizavam as transições ofensivas de forma rápida, e o Liverpool estava tendo mais êxito nas execuções, apesar de não converter em gol.
Após esse momento inicial, houve uma pequena mudança no jogo, com o Flamengo sendo possuidor do maior percentual de posse de bola, criando assim situações de ataque, principalmente através do Bruno Henrique. Por outro lado, a equipe inglesa seguia sendo perigosa ao contra-atacar a equipe carioca. Desta maneira, o primeiro tempo acabou sem gols, mas com representativas estatísticas, Flamengo teve 58% de posse de bola, e realizou 6 tentativas de finalizar, enquanto o Liverpool ficou 42% do tempo com a bola e tentou finalizar 3 vezes.
Após retorno do intervalo, novamente pode-se ver o Liverpool dominando as primeiras ações do jogo, colocando uma bola na trave em finalização de Firmino logo com 1 minuto de bola rolando. Após isso, a partida teve uma variância de momentos, onde, em momentos, o Liverpool ficava mais tempo com a bola, e por vezes as estatísticas mostravam o Flamengo com mais posse de bola, e assim iam se criando situações de gol, mas sem conseguirem tirar o placar do zero.
Aos 31 e 36 minutos, respectivamente Jorge Jesus começou as substituições, tirando de campo Arrascaeta e Éverton Ribeiro, por no ponto de vista de sua comissão técnica, os atletas demonstrarem sinais de grande desgaste e fadiga, deixando assim de cumprir suas funções em campo. O problema para a equipe brasileira foi que, dali em diante, não conseguiu mais ter força ofensiva e nem dar continuidade na marcação em bloco alto que vinha realizando, trazendo assim uma grande superioridade para a equipe inglesa que teve grandes chances nesses minutos finais de segundo tempo para evitar a desgastante prorrogação. Apesar disso, novamente o placar seguiu zerado, obrigando o jogo a seguir por mais 30 minutos.
Prorrogação iniciou, e a cada minuto que passava o jogo ia tendo maiores espaços a serem explorados, melhor para a equipe do Liverpool que havia menor índice de desgaste e soube aproveitar disso, marcando o gol do título através de uma rápida transição ofensiva com finalização do brasileiro Roberto Firmino
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Deste modo, dando números finais a decisão do Mundial de Clubes de 2019, com o título sendo conquistado pela equipe do Liverpool que, sem dúvidas, teve êxitos para sair com essa conquista. Foi um duelo de equipes que se utilizam de similares conceitos, mas com diferentes execuções em algumas fases do jogo. Sendo assim, foi um jogo que cumpriu com toda expectativa gerada e foi digna de ser uma partida do peso que tem uma final de um Mundial de Clubes.
Lucas Cesar: Estudante do futebol e suas variantes. Atuante nas categorias de base do Clube Atlético Metropolitano. Acadêmico de Educação Física e Licença B Conmebol.
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