A fase de grupos da Libertadores tem início nesta semana, com sete times brasileiros na disputa: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos, Internacional, Grêmio e Athletico-PR. Como de costume, boa parte dos brasileiros deverão superar os efeitos da altitude para ter sucesso na maior competição do continente. Quem mais sofrerá com o ar rarefeito nesta primeira fase será o São Paulo.
O tricolor terá dois confrontos na altitude: o primeiro será nesta quinta, contra o Deportivo Binacional, atual campeão peruano, que joga na cidade de Juliaca, a mais de 3.800m de altitude, a maior do torneio. Depois, o time de Fernando Diniz volta a subir a montanha no dia 7 de abril, quando encara a LDU e os mais de 2.800m metros de Quito, a capital equatoriana. Isso tudo, aliado às grandes viagens, fazem a logística do São Paulo a mais complicada entre os times brasileiros da competição.
Atual campeão, o Flamengo também encarará a altitude de Quito no dia 19 de março, pela terceira rodada, no jogo contra o Independiente del Valle. O time rubro-negro já sofreu com os equatorianos há duas semanas, pela Repoca Sul-Americana, mas saiu com o empate por 2 a 2 e ficou com o título depois de vencer o jogo de volta por 3 a 0.
Conhecido por ser um dos países mais altos da América do Sul, a Bolívia receberá dois times brasileiros. O primeiro deles é o Athletico-PR, que vai à Cochabamba, a 2.500m, para enfrentar o Jorge Wilstermann, no dia 17 de março, pela terceira rodada da competição. No ano passado, jogando no mesmo estádio, os bolivianos bateram o Athletico por 3 a 2.
Um dia depois, será a vez do Palmeiras. O time comandado por Vanderlei Luxemburgo jogará na sempre temida altitude de La Paz (3.640m, uma das cidades com maior altitude do continente.) diante do Bolivar, também pela terceira rodada.
Santos, Grêmio e Inter escapam
Tricolor gaúcho não sofrerá com altitude. Foto: Divulgação
No quesito altitude, três brasileiros deram sorte. Santos, Grêmio e Inter não precisarão se preocupar tanto com o ar rarefeito – ao menos nesta primeira fase.
É verdade que tanto Grêmio quanto Inter, que estão no mesmo grupo, enfrentam o América de Cali, na Colômbia. Porém, a cidade está situada a pouco mais de 1.000 metros, o que não chega a ser uma enorme preocupação tal qual La Paz ou Quito, por exemplo, que estão a mais de 2.500 metros acima do nível do mar. No entanto, a viagem é longa, o que pode ser outro dificultador.
Já o Santos terá pela frente rivais que jogam em cidades onde a altitude não é um problema, como Assunção, no Paraguai, e Buenos Aires, na Argentina. A viagem mais longa será para Manta, no Equador, para enfrentar o modesto Delfin, mas a cidade está localizada praticamente no nível do mar, embora a longa distância seja um problema, já que ela fica no extremo oeste do país.
O Corinthians também escapou da altitude – mas por um motivo nada agradável. O time de Tiago Nunes foi eliminado pelo Guarani, do Paraguai, na Pré-Libertadores e sequer conseguiu vaga na fase de grupos do maior torneio do continente.
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