O futebol é reconhecidamente um dos esportes mais populares e acompanhados no mundo. Ao longo de todo planeta, reúne entusiastas de diferentes culturas e realidades. É uma ferramenta que une povos, culturas e promove diversidade.
Com o passar dos anos, a discussão acerca da importância de direitos iguais vem se tornando cada vez mais expressiva e importante, seja por questões de diversidade, como também visando a transformação de vidas, com a inclusão de diferentes pessoas e culturas na sociedade. No entanto, esta é uma questão que ainda é muito difícil de ser trabalhada por conta da resistência e do pensamento de muitos setores da sociedade.
Nos últimos anos, diversos casos que envolviam questões raciais, de gênero e orientação sexual se mostraram presentes em partidas de futebol em diferentes partes do mundo. Recentemente, o jogador Marinho, do Santos Futebol Clube, após a eliminação do time nas quartas de final do Campeonato Paulista de 2020 foi julgado racialmente por um comentarista esportivo. Tal situação levou o jogador a desabafar nas redes sociais, afirmando que este tipo de situação é comum ao jogador e que o faz sofrer muito.
Ainda acerca do tema, questões de gênero e que envolvem outras crenças e representatividade ainda se destacam no mundo e também no futebol. Na CONAFUT Live 2020, pudemos acompanhar um painel, no qual a jogadora Cristiane apontou que ao longo de toda a carreira sofreu muito para conquistar o espaço na modalidade que sempre amou e desejou atuar. Hoje, a atleta é patrocinada pela Adidas, mas até chegar nessa posição ela teve até que jogar a final da Liga dos Campeões da Europa com uma chuteira comprada a partir de um dinheiro tirado do ‘próprio bolso’, algo menos comum na modalidade no lado do futebol masculino. No entanto, assim como para Cristiane, o futebol tem o poder de mudar vidas, de promover a diversidade e a inclusão na sociedade.
O futebol pode ser muito bem visto como uma vitrine para a promoção do impacto social. No mesmo painel em que a jogadora Cristiane participou, a CONAFUT convidou duas pessoas que vêm tentando desenvolver projetos em países da Europa visando a transformação social: o ex-jogador naturalizado alemão e atual embaixador da integração da Federação Alemã de Futebol (DFB), Cacau e o gerente de engajamento internacional da Federação Inglesa, Gustavo Spanholi. Ambos compartilharam um pouco das iniciativas das federações para promover a inclusão social, sendo uma das mais notáveis um trabalho voltado para refugiados, protagonizado pela DFB.
A responsabilidade social é marcante e vem sendo um foco de atenção das diferentes associações futebolísticas. Um trabalho que vem sendo muito bem desenvolvido também é o da expansão do futebol feminino, que vem apresentando números expressivos. O futebol que antes era visto como um ‘esporte para homens’, hoje é cada vez mais praticado por mulheres, por conta de trabalhos que estão sendo desenvolvidos, para aumentar cada vez mais o interesse feminino e inclusão na modalidade. Hoje, o futebol é é mais visto como um esporte para todos, tal como o slogan da Federação da Inglaterra (For All).
O aumento da visibilidade do futebol feminino é algo já notável. Grandes marcas vêm dando um grande foco e investimento na modalidade. De 2018 para 2020, marcos como a New Balance, Nike, Puma e SP Futbol forneceram uma melhoria contratual de, respectivamente, 35%, 40%, 50% e 100% para jogadoras da agência Unik, da Espanha. O investimento nas atletas está transformando cada vez mais vidas, desenvolvendo a sociedade e a economia mundial.
A luta pela diversidade e redução da desigualdade é algo cada vez mais debatido pela sociedade e os envolvidos com o mundo do futebol. O período pós-pandemia deve trazer uma intensificação enorme dessas discussões e, portanto, ela é fundamental para a compreensão das causas envolvidas na modalidade e na sociedade em si.
Esse e mais assuntos você encontra com maior descrição e profundidade na CONAFUT Live 2020.
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Luiz Fernando F. Fortes: Estudante do curso de Esporte da Escola de Educação Física e Esporte da USP e presidente da empresa júnior da escola
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