18/04/18

Disrupção!

Estou lendo um livro sensacional, “Libertando o poder criativo”, de Ken Robinson. Além deste excelente livro você pode ver dois TEDs dele que realmente vale a pena assistir, que de certo modo resumem um pouco o que ele escreve no livro: “Será que as escolas matam a criatividade" e "Tragam a revolução no aprendizado”.

E é sobre criatividade e disrupção que desejo fazer uma reflexão junto com você neste meu texto de hoje.

Nós brasileiros somos conhecidos pelo não planejamento a longo prazo. Somos conhecidos muitas vezes pelo jeitinho e temos uma educação baseada na era industrial - o mundo todo, diga-se de passagem - que deixa nossa mente muito mais fechada e presa a determinados dogmas. Não sou eu quem estou dizendo, ok? São especialistas nessa área como o Ken que mencionei acima. O cara só tem o titulo “Honorífico Britânico”: Sir Ken Robinson.

Continuemos, não que estes jeitos e trejeitos dos brasileiros sejam corretos ou não, mas com eles vem algo muito interessante, a criatividade. Acabamos agilizando os pensamentos para buscar soluções para o corre corre do dia a dia e muitas vezes conquistar tão somente o sustento mensal, buscar pagar uma escola ou faculdade e quem sabe um pouco de diversão. Sim, esta é a realidade do nosso país, e claro, infelizmente essa criatividade as vezes é usada pelo lado ruim.

Pois bem, e no esporte? Mais precisamente na área de comunicação, marketing e comercial do clubes, onde esta essa criatividade?

Vejo entrevistas de gestores do futebol, principalmente fora do eixo RJ-SP com uma reclamação diária de que o eixo é privilegiado, que os grandes recebem muito mais da TV ou de patrocinadores e concordo com tudo isso, acredito que uma distribuição mais igualitária faria do nosso futebol muito mais forte.

Certo disso pergunto, como mudar? Lutando sozinho? Lamentando resultados ano após ano? Estádios vazios e ingressos caros? Penso que já temos usado deste expediente por muito tempo e não está surtindo efeito. Que tal buscar uma disrupção?

Até ontem os taxis dominavam as cidades, os bancos eram em sua maioria de cores sóbrias, técnicas e cheio de amarras, não tinham uma cor roxa. Tênis eram vendidos nas lojas físicas - ok, ainda são, mas não é a toa que uma das maiores companhias da era ponto com tornou-se uma empresa unicórnio vendendo tênis na internet. Claro, hoje ele se reinventou e é muito mais que isso, mas é parte de uma mudança constante.

Olha só, não precisei nem falar o nome das empresas e você as identificou, não é mesmo? Esse é o mundo novo, a nova ordem. Estamos na era do marketing 4.0, e este, inclusive, é o titulo de outro livro que você precisa ler, escrito pela equipe do Philip Kotler e por ele mesmo. Hoje o mundo é digital, de duas vias, de tudo e de todos colocando a boca no trombone - leia-se aqui dando um Twitte. Essa é a realidade.  Precisamos reinventar, buscar novas soluções. E aqui podemos escutar coisas como: "Mas já tentei isso". "Fazemos assim por 20 anos, quem é você, o que acha que sabe?". E eu devolvo assim: "Está dando certo, estamos em uma onda positiva?". Precisamos ousar e buscar novidades, pode-se errar, aprendi isso lá atrás com um dos meus mentores dentro do futebol, Paulo Verardi. Você pode até pecar por ter tentando e errado, mas nunca por não tentar. Assim eu te protegerei.

Por fim, como começar? Talvez deixando de lado as publicações nos grupos do WhatsApp, que nada mais servem do que ficar inflando o ego de cada um e de cada clube, e começar a talvez agendar reuniões mensais dentre os times da cidade, depois dos estados, usar ferramentas de Design Thinking, o bom e velho Brainstorm.

Agora confesso para você, não será nada fácil, quando você apresentar novas soluções ao alto escalão certamente eles te devolveram com inúmeros porquês e te colocarão pra baixo, ou nem escutarão você.

Pois bem,  temos uma nova ordem. Ouse fazer diferente. Vamos em frente, uma hora surge uma brecha e estaremos pronto para inovar, com criatividade e disrupção.

Jackson Mattos é um apaixonado por marcas, experiência com o consumidor e esportes. Especialista em Branding e Marketing, tendo atuado por cerca de 15 anos com marketing, sendo 10 destes anos com Marketing Esportivo dentro de clube de futebol.


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