07/11/18

Seis treinadores sob pressão na segunda metade da temporada 2018 da NFL

A temporada 2018 da NFL já está em sua segunda metade. Passado o período chamado de midseason, está claro as reais pretensões de cada time no campeonato. Candidato ao título, competitivo nos playoffs, sonha com wild card, só cumpre tabela, já pensa no Draft 2019... Enfim, neste momento, o status de cada franquia é conhecido.

Adicionalmente, as conversas para os prêmios individuais, em especial o MVP (análise feita no último texto), vão à tona. Afinal, este é o prêmio individual mais renomado do futebol americano. Porém, há também algo que chama atenção logo após o término de cada temporada: a Black Monday.

Black Monday é o apelido dado à segunda-feira seguinte ao domingo da semana 17. Tal definição é direcionada aos treinadores da NFL, afinal, é nesse dia que vários deles são demitidos. Em outras palavras, as equipes da liga buscam encontrar um novo head coach e dar a ele o maior tempo de trabalho possível. Para fazer isso, é preciso se desligar do técnico principal anterior o quanto antes. Portanto, na segunda-feira seguinte ao término da temporada regular, é quando isso costuma acontecer.

Com tudo isso ressaltado em mente, precisamos falar mais sobre os head coaches ameaçados do momento. Aqueles que, a menos que algo mude drasticamente nas oito semanas restantes do calendário da NFL, têm grande risco de estarem procurando um novo emprego depois da Black Monday.

Lembrando que Hue Jackson já foi demitido do Cleveveland Browns há algumas semanas. Quais serão os próximos?

Jason Garrett, Dallas Cowboys – Os Cowboys acabaram de ser derrotados em casa para os Titans por 14 pontos, depois de terem começado o confronto vencendo e vindo de uma bye week. Ezekiel Elliott encostou na bola apenas uma vez no último período. Dallas ainda cometeu seis faltas (o dobro do adversário), teve aproveitamento de 25% na red zone e 45% em terceiras descidas. Tudo isso para uma franquia que venceu só uma vez nos playoffs desde 2011.

Existem derrotas que vão além do resultado negativo. Há reveses que marcam que algo precisa mudar no time. Se o Dallas Cowboys não for à pós-temporada novamente, Jason Garrett deve ser demitido.

Vance Joseph, Denver Broncos – Os Broncos não têm campanhas negativas em duas temporadas seguidas desde 1971-72. O time venceu cinco jogos em 2017 e agora tem três vitórias em nove partidas. A verdade é que Denver não está rendendo o que deveria na defesa e, ofensivamente, acabou de contratar um quarterback. Ou seja, a equipe dará mais tempo a ele. Além disso, o Denver Broncos é um time que comete muitas faltas na linha ofensiva.

Tudo isso é sinônimo de um grupo que precisa ser melhor treinado. Vance Joseph quase caiu após a temporada passada, e uma demissão agora parece ser apenas questão de tempo.

Dirk Koetter, Tampa Bay Buccaneers – Os Bucs são um dos times mais desequilibrados da NFL. Todas as jardas conquistadas pelo ataque acabam sendo ofuscadas pela quantidade de jardas permitidas pela defesa. Tampa Bay sofreu 34/+ pontos em cinco das oito partidas que disputou em 2018. Mandar o coordenador defensivo Mike Smith embora não adiantou.

Se os Buccaneers terminarem em último na NFC Sul (o que parece provável pela competitividade dos rivais divisionais), deve ser o fim da linha para Dirk Koetter. Em duas temporadas e meia com a franquia da Flórida, Koetter tem campanha 17-23.

Todd Bowles, New York Jets – Não só os desempenhos em si, como as circunstâncias do New York Jets aumentam a pressão sobre Todd Bowles. Neste momento, a franquia tem campanha 3-6. É preciso lembrar também que Bowles é um head coach com mentalidade defensiva, porém a defesa dos Jets está longe de ser brilhante. Além disso, New York recrutou Sam Darnold, e um quarterback com o potencial de Darnold precisa de tempo, paciência e um treinador adequado ao redor. Vimos o que Doug Pederson e Sean McVay fizeram com Carson Wentz e Jared Goff, respectivamente.

Duas temporadas completas e duas campanhas 5-11. Uma defesa apenas decente e agora um QB que precisa de alguém que pense diferente. Bowles não é o cara certo para este New York Jets.

John Harbaugh, Baltimore Ravens – As sete primeiras temporadas de John Harbaugh em Baltimore foram marcadas por seis classificações aos playoffs e um Super Bowl. Todavia, desde 2013, os Ravens foram à pós-temporada apenas uma vez. E o time não vence dez ou mais jogos desde 2014.

Tudo isso mostra por que Harbaugh está pressionado. Entre 2015 e 2017, a campanha do treinador por lá foi de 22-26. Neste ano, depois de começar o campeonato 3-1, o Baltimore Ravens soma três derrotas seguidas, tendo perdido quatro dos últimos cinco confrontos. Se 2018 terminar novamente em dezembro para a franquia, é provável que aconteça mudanças na comissão técnica.

Mike McCarthy, Green Bay Packers – O Green Bay Packers tem sido relutante quando o assunto é demitir Mike McCarthy. Contudo, está claro que o relacionamento entre McCarthy e Aaron Rodgers não é bom, e o rendimento dos Packs dentro de campo tem deixado a desejar. Desde que McCarthy assumiu os Packers em 2006, o time venceu menos de oito jogos apenas duas vezes e jamais ficou fora dos playoffs por dois campeonatos em sequência. Marcas incríveis, mas que estão ameaçadas depois de uma campanha 7-9 em 2017 e 3-4-1 em nove semanas neste ano.

Longe de estarem tranquilos também...

Steve Wilks, Arizona Cardinals – Em breve, Wilks, um treinador com mentalidade defensiva, pode ter situação parecida a de Bowles nos Jets. Arizona draftou Josh Rosen em 2018 e só venceu duas partidas desde então.

Jon Gruden, Oakland Raiders – Oakland talvez seja o pior time da NFL em 2018. Se não fosse pelas ótimas escolhas de draft nos próximos anos, Gruden já deveria ter sido demitido.

Adam Gase, Miami Dolphins – Desde que levou os Dolphins aos playoffs em 2016, Adam Gase venceu dez das 24 partidas que comandou o time.

Caio Miari Santos, 22 anos, jornalista e apaixonado por esportes, enfatizando os americanos, principalmente o futebol americano. É também fundador do Shotgun, no qual produz, apresenta e edita os podcasts do Rádio Shotgun! Contribui semanalmente com um texto sobre a bola oval para a THE360.

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